Vinho com tampa de rosca? Entenda o que está em jogo

01 de fevereiro - 2016

Vinho com tampa de rosca? Entenda o que está em jogo

Torcer o nariz para vinhos com tampa de rosca (screw cap) é usual, mas injustificado. O senso comum cria e propaga conceitos (ou pré-conceitos) antes mesmo de uma análise mais aprofundada. Argumentos existem de ambos os lados, é claro, mas um bom debate sobre o assunto serve justamente para conhecer esses argumentos.

Rolha de Cortiça x Tampa de Rosca: o argumento racional

O uso das tampas de roscas não começou apenas porque o custo da rolha de cortiça é bem maior. Isso ajudou, mas o fato é que nos anos 70 e 80 as rolhas tiveram uma queda na sua qualidade, trazendo à tona um problema antigo: o bouchonée, ou o gosto da rolha, que é a contaminação da rolha pelo fungo 2-4-6 Tricloroanisol (TCA). Obviamente que a porcentagem de garrafas bouchonée não é tão expressiva assim, mas é considerável. Alguns pessimistas falam em até 5% de toda a produção mundial - um número difícil de se comprovar - mas o fato é que todo apreciador de vinhos eventualmente se depara com uma garrafa problemática. A procura por alternativas de vedantes para as garrafas de vinho levou ao questionamento sobre a capacidade de vedação perfeita das rolhas de cortiça. Os países do novo mundo, Nova Zelândia e Austrália, foram os pioneiros a adotarem as screw caps (ainda nos anos 90). A eficácia no vedamento das garrafas ficou comprovada e hoje mais da metade da produção dos vinhos destes países usam as tampas de rosca. Estados Unidos, Inglaterra, França e outros países europeus também vem aumentando o uso dessa tecnologia.

Vinhos jovens sim, vinhos de guarda não?

Como toda novidade atrai as atenções, a tampa de rosca logo ficou conhecida. Assim, era preciso que especialistas tivessem uma posição a respeito dessa mudança histórica na produção dos vinhos. Por reação natural, alguns concluíram rapidamente que as tampas de roscas eram eficientes, porém somente para os vinhos jovens. Criou-se então o mito de que para vinhos de guarda as screw caps seriam desastrosas, pois não haveria a micro-oxigenação que a rolha de cortiça permite. Os estudos continuam sendo feitos, mas já se pode afirmar que tampas de rosca também beneficiam os vinhos de guarda. Opções que permitem uma micro-oxigenação controlada já foram desenvolvidas pela empresa Stelvin, principal fabricante mundial de screw caps. Outro argumento, sustentado por estudiosos do assunto (como Harvey Steiman, da Revista Wine Spectator), é que rolhas perfeitas são exceções e a grande variabilidade orgânica de sua composição faz com que tenhamos numa caixa de 12 garrafas, 12 vinhos diferentes entre si. Ele acrescenta: “A cortiça pode ser uma bomba-relógio no porão”. Prefere a presença do terroir e a concepção do enólogo aos riscos que envolvem a guarda de vinhos. É compreensível, já que os vinhos que tem potencial de guarda são a minoria. A maior parte está pronta para consumo em até 5 anos após a safra.

Vinho com tampa de rosca: o argumento emocional

Ainda assim, muitos preferem as rolhas e até se negam a conhecer aquilo que foge do padrão tradicional. A rolha de cortiça é um produto excepcional e devemos muito a ela. Provavelmente sempre estará presente nas garrafas e esse não é o ponto principal. A verdade é que no mundo do vinho nada é definitivo, e a história mostra que mudar é a regra da evolução. Até mesmo as garrafas de vidro, tiveram seu período de novidade. Apesar de anteriormente conhecidas, seu uso massivo teve origem na Revolução Industrial, por volta de 1630, quando os vinhos eram lacrados com cera e arame. Já a rolha de cortiça veio depois, no século 18. Uvas como Cabernet e Merlot se tornaram comuns somente 2 séculos atrás. Até o alumínio já foi precioso como o ouro – Napoleão guardava seus talheres de alumínio para ocasiões especiais. Lembramos também que antes do trabalho do grande Emile Peynaud, em meados da década de 50 do século 20, os processos de vinificação eram bem diferentes. Tudo isso prova que as novidades na cultura do vinho têm como objetivo refinar nossos sentidos e nos emocionar. Dos tanques de inox à clonagem das mudas, as mudanças acontecem com o objetivo de melhorar a experiência única que é degustar um bom vinho. Devemos ficar gratos, pois nunca se produziu tantos vinhos de qualidade como nos dias atuais.  O fato da garrafa ter rolha ou tampa rosca, não é maior que as histórias por trás de sua produção. As tampas de roscas são apenas mais um capítulo na história do vinho. Afinal, o sabor é o que conta. Saúde!   Equipe VinumDay • um vinho para cada dia

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Xanthos Old Vine Zinfandel

2020

Com tantas incertezas pairando sobre os mercados internacionais, a alta nos preços de produtos importados tem afetado cada vez mais nós, brasileiros — sobretudo quando se trata de itens norte-americanos.

Felizmente, hoje temos o prazer de trazer de volta um dos grandes sucessos de 2022 — e o melhor: com um preço significativamente menor do que na oferta de três anos atrás

Apresentamos o Xanthos Old Vine Zinfandel 2020. Confira abaixo todos os detalhes sobre este fabuloso exemplar:

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Os Estados Unidos da América são o principal país do grupo vitivinícola conhecido como Novo Mundo!
 
E, entre diversas regiões produtoras, a estreita, porém longa, costa oeste é a de maior destaque. É nesta área que temos as famigeradas denominações de Napa e Sonoma, entre outras.
 
Ali, uma enorme quantidade de castas se beneficia de um majestoso terroir, que dá condições ideais para que sejam elaborados vinhos de altíssima gama. As tradicionais Cabernet Sauvignon e Chardonnay sempre estão sob holofotes. A Pinot Noir talvez tenha seu maior brilho fora da Borgonha. Porém, o caso mais curioso certamente é o da Zinfandel!
 
Trazida de Viena (Áustria) para os EUA por comerciantes de Boston na década de 1820, ela teve uma adaptação imediata, e seu cultivo disseminou-se a ponto de já ter sido a variedade mais plantada da Califórnia!
 
A semelhança de características, tanto da uva como dos vinhos, com a italiana Primitivo sempre gerou suspeitas... que foram comprovadas no início dos anos 1990 com testes de DNA: elas eram idênticas!
 
A disputa estava lançada – qual era a original, ou seja, a mais antiga?
 
Esta batalha foi vencida pela Primitivo, que teve comprovação de que já estava em território italiano em 1799. Mas em 2001, em busca da origem da cepa, descobriu-se na costa da Dalmácia croata mais uma uva similar – a Crljenak Kastelanski, cuja análise de DNA também comprovou genes idênticos, se tornando então a terra natal da uva.
 
Em 2011, novas informações: uma antiga variedade croata, cujas primeiras evidências datam o longínquo ano de 1518, teve seu DNA analisado e... era idêntico ao da Crljenak Kastelanski e, consequentemente, ao da Primitivo e ao da Zinfandel. Portanto, até o momento, a cepa mãe é a Tribidrag!
 
Voltando ao nosso magnífico Zinfandel californiano de hoje: trata-se de um varietal, isto é, 100% elaborado com uvas Zinfandel provenientes de vinhas velhas, de no mínimo 50 anos, cultivadas na árida e ensolarada Califórnia e vinificadas tradicionalmente em tanques de aço inox e com leveduras selecionadas. Após a malolática espontânea, o vinho amadurece por 15 meses em barricas de carvalho americano.
 
Quem assina a obra é a Precision Wine Company, uma vinícola comandada pelo vitivinicultor Trevor Sheehan especializada em elaborar vinhos premium nas mais diversas denominações da Califórnia.
 
Sua degustação revelou um vinho que esbanja potência e estrutura, sem deixar a elegância de lado. O olfato traz intensos aromas de frutas negras maduras em primeiro plano, e aos poucos vai abrindo notas de figo cristalizado, geleia de morango, chocolate amargo, couro, pimenta-do-reino, tabaco e café, finalizando com toques levemente herbáceos, sanguíneos e defumados.

Em boca tem ótimo corpo e volume, com taninos extremamente polidos, macios e aveludados, bem alinhados a uma acidez no ponto e salivante. O destaque vai para sua persistência, que parece não ter fim.
 
Realmente merece um lugar especial em sua Adega, sobretudo com um expressivo desconto de 40%.

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