Neste mês a Confraria VinumDay explora um território pouco conhecido para a maioria dos enófilos brasileiros: a Ilha da Madeira.
Apesar de pertencer a Portugal, Madeira está mais próxima da África do que da Europa, distante cerca de 600 km da costa do Marrocos. Há mais de 500 anos esta ilha dedica-se quase que exclusivamente a um estilo muito particular de vinho: fortificado com caráter extremamente oxidativo.
O caráter singular dos vinhos da Madeira surgiu quase que por acaso: os vinhos eram fortificados para aguentar a longa viagem até a América, onde eram comercializados. Durante a viagem, passavam por extremos de temperatura (o calor intenso era frequente), e muita vibração (devido à rolagem dos barris no porão dos navios). Curiosamente, ao invés de estragarem, os vinhos se tornavam ainda mais deliciosos.
A viagem causava a caramelização dos açúcares do vinho, além do desenvolvimento de intensos aromas terciários, o que ampliava muito sua qualidade. O único problema é que cada viagem era única, e por consequência o resultado era muito variável. Então os vinhateiros da Madeira desenvolveram técnicas para replicar essas condições de forma mais controlada. Hoje existem basicamente duas empregadas para a elaboração de um Madeira.
A primeira, e mais simples, é chamada de Estufagem. Nessa técnica o vinho é colocado em tanques, que são aquecidos a uma temperatura de 45-50ºC durante um mínimo de 3 meses. Então é resfriado e descansa por volta de um ano antes de ser engarrafado. É o método empregado para os vinhos mais acessíveis.
A segunda técnica é chamada de Canteiro. Aqui os vinhos são dispostos em barris de carvalho e amadurecem durante um longo período em um ambiente aquecido (geralmente pelo sol). É um processo mais gradual e dá origem a vinhos de qualidade superior.
Além das técnicas, a diversidade dos vinhos da Madeira vem das suas castas. As principais são cinco:
Sercial: dá origem aos exemplares mais secos, mas com alta acidez e grande longevidade. Geralmente apresentam cor mais pálida, frequentemente com notas cítricas e de nozes.
Verdelho: vinhos meio-secos, com textura mais redonda quando comparados aos de Sercial. Aqui imperam as notas de frutas cristalizadas.
Boal: vinhos meio-doces. Mais encorpados que os vinhos de Verdelho, os exemplares feitos com a Boal geralmente entregam notas de caramelo e chocolate.
Malvasia (ou Malmsey): é o estilo mais doce e encorpado, no entanto balanceado por uma excelente acidez. Frequentemente mostra notas de passas e de caramelo, com eventuais toques florais.
Tinta Negra: é a variedade mais plantada na Madeira – a única tinta – geralmente usada para os vinhos mais simples.
A coleção que montamos para o mês contempla muito da diversidade apresentada até aqui. São 4 varietais, todos através do método Canteiro, com 10 anos de maturação.
Como esses são vinhos fortificados, decidimos montar a coleção com garrafas de 375 ml, já que uma degustação com taças cheias de Madeira pode ser um pouco pesada! A vantagem é que o valor do kit ficou bem acessível, em especial se divido entre diversos confrades.
Aproveite: são apenas 12 coleções disponíveis.
Tipo
fortificado
Safra
N.V
Teor Alcoólico
19%
País
Portugal
Região
Madeira
Vinícola
Justino's
Temperatura de Serviço
9 a 11 ºC
Guarda
2030+
Decanter
-
Maturação
10 anos em cascos de carvalho francês e americano
Castas
Sercial
Natural
Aglomerada
Twin Top
Silicone
Screw Cap
Champagne
Vidro
Bordeaux
Borgonha
Montrachet
Riesling
Flute
Dessert
Você ganhou R$20 de desconto em sua primeira compra.
Deixe seu e-mail para receber o cupom.