Sommelier

Vinhos e vedantes!

Quando pensamos em vedantes dos vinhos, logo nos vem em mente a imagem da rolha de cortiça. Mas afinal, com os avanços tecnológicos e o constante aprimoramento da elaboração de vinhos em países do Velho e do Novo Mundo, estarmos receptivos às novas tendências nunca é demais!Seja qual for o material ou o tamanho da garrafa, o uso de um vedante é indispensável. E, sem dúvidas, essa escolha influencia diretamente no perfil da bebida.O vedante é escolhido de acordo com diversos fatores, como: estilo do vinho (especialmente no que se refere ao potencial de guarda), perfil do consumidor, linha de engarrafamento disponível, entre outros. Para os vinhos que se destinam a envelhecer em garrafa, é necessário que o vedante permita uma evolução positiva. Então, qual é a maior diferença entre usar um tipo ou outro de vedante? Principalmente quando pensamos na permeabilidade ao oxigênio. A passagem lenta de pequenas porções de oxigênio permite o desenvolvimento de notas terciárias, que, para muitos rótulos, são interessantíssimas!Falando em diferentes vedantes, vamos destacar os principais:Rolha de cortiça – o primeiro e mais utilizado vedante de garrafas de vinho, principalmente para que possuem potencial de envelhecimento. Entre os seus pontos positivos, se destaca a natural passagem de pequenas quantidades de oxigênio para dentro da garrafa.Tampa de Rosca (screw cap) – amplamente utilizadas por produtores da Nova Zelândia e Austrália, em constante  e rápida expansão à nível mundial nos últimos anos, se tornando muito populares. Proporcionam uma vedação impermeável e não apresentam riscos de contaminação. Elegidas frequentemente para vinhos de consumo “imediato”, mantendo os aromas primários da fruta. Devido à falta ou muito pequena transferência de oxigênio, o uso desse tipo de vedante para vinhos com potencial de envelhecimento ainda é estudado.Vedantes Sintéticos – elaborados a partir de algum tipo de plástico. Grande parte se destina a vinhos de consumo “imediato”, porém, novas opções de grande qualidade estão surgindo para vinhos de tempo de conservação mais longo.  Nos últimos anos surgiu a possibilidade de encomendar rolhas sintéticas com níveis personalizados de permeabilidade ao oxigênio,  para simular os de uma cortiça natural. Aproveitamos para citar palavras do Dr. Vinifera,  “enciclopédia” do Wine Spectator: “Cada vedante tem seus prós e contras. As rolhas naturais podem secar ou esfarelar e podem contaminar um vinho com TCA (2,4,6-tricloroanisol), o composto químico que causa os aromas a “cortiça”. Existem vários tipos de rolhas sintéticas e as versões à base de petróleo podem ser particularmente difíceis de remover. E tampas de rosca podem vazar se estiverem amassadas. Nenhum fechamento é perfeito, mas eu nunca escolhi um vinho (ou não) com base em seu fechamento”.Nossa conclusão é que ainda existe uma certa tradição sobre o assunto, consequentemente, alguns mercados consumidores consideram o tipo de vedante um critério para escolha de seus rótulos. Apesar disso, apreciar bons vinhos é uma escolha. Então aproveite e deguste sem preconceitos!Indiferente se a rolha for natural,  screw cap ou sintética, continuamos aumentando o nosso banco de dados de vinhos com as nossas incríveis ofertas diárias  da Vinumday!VinumDay • um vinho para cada dia Foto: Adobe Stock Images.

04 de junho - 2021
Vinhos e vedantes!

CLIMA x VITICULTURA

Entre os diversos fatores que influenciam na viticultura, o clima merece uma atenção crucial, pois define as potencialidades de cada região.O impacto que tem sobre a escolha da casta a ser cultivada, do porta-enxerto, a orientação das fileiras e o manejo dos vinhedos e, consequentemente, no produto final (o vinho) - é imensurável.O clima de uma região é definido como o padrão médio anual (ao longo de muitos anos) de: temperatura, luz solar, quantidade de chuvas, umidade e ventos.A temperatura, a incidência de luz solar e quantidade de água disponível têm uma influência direta na capacidade da videira crescer, no amadurecimento das uvas, e no estilo e qualidade dos vinhos que podem ser produzidos em determinada região. Desta forma, a classificação climática é uma ferramenta criada para disponibilizar modelos para comparação de diferentes áreas de vinhas ao redor do mundo, otimizando e direcionando o cultivo para o seu ótimo potencial.Não existe somente um modelo de classificação, porém, a maior parte deles são baseados em padrões de temperatura e pluviosidade. Entretanto, é importante ressaltar que fatores naturais e humanos podem influenciar nos padrões de uma região ou um vinhedo específico.De forma geral,  o clima da maioria das regiões vitícolas do mundo podem ser classificado em 3 grupos: marítimo, mediterrâneo e continental. Essas categorias aplicam-se a regiões em zonas temperadas (não incluem os trópicos).Clima Marítimo – pequenas diferenças entre as temperaturas de verão e inverno. A precipitação é uniforme ao longo do ano. Exemplo: Bordeaux.Clima Mediterrâneo –  pequenas diferenças entre as temperaturas de verão e inverno, porém, a precipitação anual tende a ser pequena nos meses de inverno, propiciando a ocorrência de verões secos. Exemplo Napa Valley.Clima Continental – diferenças maiores entre as temperaturas de verão e inverno. Geralmente apresentam verões curtos e invernos frios, com temperaturas mudando rapidamente na primavera e no outono. Exemplo: Borgonha. Apesar desses padrões, em um momento de mudanças climáticas incertas, o acompanhamento do clima deve ser redobrado.Leia mais sobre as mudanças climáticas no nosso post: Vinho x Mudanças Climáticas.Saúde! 

25 de janeiro - 2022
CLIMA x VITICULTURA

Chablis - onde a Chardonnay reina!

A região vitivinícola de Chablis é o verdadeiro paraíso da casta Chardonnay. Localizada no caminho entre Paris e Beaune, contempla cerca de 5000 hectares, no vale do rio Serein, ao Norte da Borgonha. Região desafiadora, que enfrenta geadas e utiliza aspersores e aquecedores para proteção dos vinhedos.O clima continental proporciona temperaturas muito baixas no inverno, seguidas de geadas de primavera e verões quentes. Essas condições moldam o caráter único dos vinhos Chablis, aliadas a um solo incomum, Kimmeridgiano, que não é encontrado em nenhum lugar do mundo, exceto no sul da Inglaterra.  Seus vinhos são conhecidos por um caráter austero, acidez alta, em pleno equilíbrio e incontestável elegância. O destaque é para as deliciosas notas de maçã verde, frutas cítricas, pedra molhada e até nuances metálicas, dependendo da localização dos vinhedos, entre outros fatores. Chablis possui 4 apelações de origem controladas, classificação estabelecida em 1938:Petit Chablis: categoria mais simples, geralmente elaborados com uvas de menor maturação, provenientes  do sopé das colinas. Consequentemente, são os vinhos mais baratos da classificação, mas que carregam indiscutível qualidade;Chablis: segunda categoria, os mais conhecidos, originários de vinhedos normalmente da base das colinas, ou seja, com uvas com maior maturação e qualidade;Premier Cru: vinhos de valor agregado maior, elaborados com uvas provenientes do centro das colinas, com alta concentração mineral;Grand Cru: os mais caros e difíceis de encontrar, elaborados com as melhores bagas. São  sete sub-regiões permitidas para a sua elaboração, que deve ser feita com as melhores bagas, que passam por uma seleção extremamente minuciosa. São vinhos de longa guarda, que se revelam expoentes ao passar dos anos, ultrapassando uma década. Os Petit Chablis e os Chablis normalmente apresentam alta intensidade de fruta verde e acidez, enquanto os Premier Cru e Grand Cru apresentam maior concentração, corpo e maturação. Todos são brancos secos.Harmonizar estes vinhos não é tarefa árdua, bem ao contrário, é um verdadeiro deleite. Mas claro, vale a atenção aos detalhes. É evidente que frutos-do-mar (como ostras) são escolhas certeiras. Para entradas ou pratos menos requintados, o Petit Chablis é uma ótima compania. Já, um Chablis, pede um prato mais elaborado, e as demais classificações assim continuam. Sugestões são: mariscos ao bafo com ervas frescas, camarão no tucupi, escargots à la bourguignone, entre outras.

04 de julho - 2022
Chablis - onde a Chardonnay reina!

Primeira D.O. brasileira para espumantes!

Foi uma década de trabalho constante, maturação e espera. Safras se passaram. Mas, agora é oficial - Altos de Pinto Bandeira obtém a 1ª Denominação de Origem (DO) exclusiva de espumantes do Novo Mundo! Cientes de seu terroir privilegiado, propício para a elaboração de espumantes naturais de alta qualidade, o encaminhamento foi submetido pela Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho), ainda em 2012.A oficialização do  reconhecimento da DO Altos de Pinto Bandeira para o espumante natural da região se deu através do anúncio na Revista da Propriedade Industrial (RPI) nº 2.708, de 29 de novembro de 2022. São 65 km² de área delimitada, englobando os municípios de Pinto Bandeira (76,6%), Farroupilha (19%) e Bento Gonçalves (4,4%), no Rio Grande do Sul. A altitude média da área da DO é de 632 m, de relevo ondulado a montanhoso. De temperaturas amenas, a região delimitada tem exposição solar favorecida pela localização na margem esquerda do Vale do Rio das Antas, contando com boa circulação de ar devido à localização no alto de um dos patamares do planalto basáltico da Serra Gaúcha. Como complemento às características do local, a interação com fatores humanos é expressiva e diferenciada, resultante do saber fazer agrícola e vitícola dos produtores locais.As variedades de uvas utilizadas no espumante são Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico, respaldadas por características imprescindíveis para a elaboração do "vinho base", destinado ao espumante natural, que requer um menor teor alcoólico e uma acidez mais acentuada que a dos "vinhos tranquilos", garantindo o frescor crucial. Além disso, lá se garante a maturação moderada das uvas, com composição equilibrada entre acidez e açúcar, bem como de precursores aromáticos. O resultado é de altíssima qualidade, gerando características sensoriais singulares, típicas desse meio geográfico.As Principais regras para o uso da DO Altos de Pinto Bandeira, resumidamente, evolvem:Castas autorizadas: Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico;As uvas devem ser cultivadas 100% na área geográfica delimitada da DO Altos de Pinto Bandeira;Condução em espaldeira;Limite máximo de produtividade por hectare de 12 t/há;Colheita Manual;Padrão mínimo de maturação;Os espumantes somente podem ser elaborados pelo Método Tradicional com tempo superior a 12 meses de guarda. Quanto ao açúcar residual estão autorizadas as classificações: Nature, Extra-Brut, Brut, Sec e Demi-Sec.É permitido o uso de barricas de carvalho, tanto na primeira fermentação quanto no vinho base para espumante (a segunda fermentação deve ocorrer na garrafa);Os vinhos base para espumante devem ter no máximo cinco anos;É permitido o uso de diferentes safras de vinhos base para espumante nos cortes. Porém, o vinho base de Riesling Itálico terá um percentual máximo de 25%;Os produtos podem ser envasados em garrafas de vidro de  375mL, 750mL, 1500mL e 3000mL;Os espumantes devem ser aprovados em avaliação sensorial realizada pela Comissão de Degustação, gerida pelo Conselho Regulador da DO;Podem ser safrados, devendo conter no mínimo 85% de vinho base da safra mencionada;O rótulo principal deverá conter a identificação do nome geográfico da DO, seguido da expressão Denominação de Origem. A rotulagem também deverá incluir o Selo de Controle numerado, especificando o número do lote e da respectiva garrafa do lote. O que acontece agora? Toda garrafa de espumante natural que nasce nesta região delimitada e exibe o Selo da DO tem como propriedade a garantia da procedência e qualidade das uvas, assim como de cada etapa que decorre desde o vinhedo à taça. Motivo de orgulho para o setor vitivinícola nacional, sendo a segunda DO de vinhos do Brasil! Um brinde à persistência de todos os envolvidos, unidos por um único propósito!Créditos da imagem principal: Vinícola Aurora - Divulgação

29 de novembro - 2022
Primeira D.O. brasileira para espumantes!

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