Penfolds Ampola: um dos vinhos mais caros e raros do mundo

15 de dezembro - 2016

Penfolds Ampola: um dos vinhos mais caros e raros do mundo

Sabemos que o imenso conhecimento alcançado pela humanidade não é – e nunca será -  baseado apenas em racionalidade. Apesar de todos os alicerces da ciência estarem pautados pela razão e imparcialidade - o que nos trouxe avanços imensuráveis, sem sombra de dúvida - muitas das belas coisas da vida são feitas de sentimento e subjetividade. Em se tratando de vinhos raros, temos a razão servindo a emoção, proporcionando uma experiência. Pressupõe não somente uma qualidade acima da média do produto, mas principalmente, que seja sentida em um determinado momento e de uma maneira específica. O conjunto de detalhes gravará na memória uma experiência marcante. Foi com esse ambicioso objetivo que a famosa casa australiana Penfolds Wine elaborou um projeto que se transformou em um dos vinhos mais raros e caros (muito caro) do mundo: o Penfolds Ampola.

Cabernet Sauvignon 2004: Bloco 42 do vinhedo Kalimna

Fundada em 1844 por Christopher Rawson Penfold e sua esposa Mary Penfold, na cidade de Adelaide, Austrália, a vinícola é considerada a principal produtora de vinhos de alta gama daquele país. Sua história é sinônimo de qualidade e está inteiramente ligada ao reconhecimento mundial dos vinhos australianos. Em 2012, a casa decidiu chamar a atenção do mercado de vinhos de luxo com uma proposta de marketing ousada e criativa. Antes de descrevermos a proposta da garrafa-ampola, vamos ao seu conteúdo. O vinho dentro da ampola é proveniente de um único vinhedo, chamado de Kalimna, no Vale de Barossa, uma das principais regiões produtoras de vinho da Austrália. As videiras de Kalimna, plantadas no século 19, são consideradas as mais antigas vinhas produtivas de Cabernet Sauvignon do mundo. A safra de Cabernet 2004 foi considerada extraordinária, e por isso, a escolhida para o projeto. Este vinho ganhou muitos elogios e altas pontuações pela crítica especializada, como os 97 pontos de Robert Parker. No entanto, só isso não basta para que um vinho se torne exclusivo e raro. A inovação mercadológica está, justamente, na maneira que a vinícola pensou o consumo desse vinho.

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 O mercado de luxo dos vinhos raros.

O projeto Penfolds Ampola

O Penfolds Ampola se trata de uma embalagem luxuosa para um vinho excelente. Para sua criação foram chamados artesãos como o escultor do vidro Nick Mount e Andrew Bartlett, designer de móveis em madeira. Trata-se de uma estrutura onde a ampola com 750 ml do vinho acima citado fica suspensa e lacrada, pois não há nenhuma tampa, o que o torna impossível de se fraudar. Acompanha o conjunto um certificado de autenticidade assinada pelo enólogo chefe da vinícola, Peter Gago, e uma ferramenta de tungstênio, especialmente projetada para quebrar a ponta da ampola.

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 Cada um dos caríssimos Penfolds Ampola é acompanhado de um certificado de autenticidade.

As 12 unidades do Penfolds Ampola foram produzidas artesanalmente e são devidamente numeradas.

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 Oferecer uma experiência única que vale mais do que o produto em si.

Exclusividade, luxo e uma experiência única

Apesar da bela peça de design, o engenhoso projeto se destaca pela exclusividade do serviço. Isso porque diante do formato inusitado da “garrafa”, o felizardo comprador não deve abrir o vinho sozinho. Após decidir abrir a garrafa, ele avisa a Penfolds, que enviará um representante da alta administração, normalmente o próprio enólogo chefe Peter Gago, para o ritual de abertura da ampola. Detalhe: em qualquer parte do mundo e em qualquer hora. Uau! E para completar a raridade do produto, nada mais exclusivo do que uma bela cifra; o preço de cada ampola é avaliado em aproximadamente $ 170 mil  dólares, ou meio milhão de reais. E para quem se interessar, a ampola de número 10 está à venda.

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 Veja como foi elaborado um dos vinhos mais caros do mundo.

  Equipe VinumDay • um vinho para cada dia 

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Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).
Nova Zelândia

Nova Zelândia

Se têm características que traduzem os vinhos da Nova Zelândia são: pureza, expressão varietal e singularidade.Os vinhateiros da Nova Zelândia criaram um estilo único de Sauvignon Blanc, reconhecido por sua qualidade por unanimidade. Mas, o que talvez nem todos saibam, é que também dominam a vinificação de castas como Chardonnay, Pinto Gris, além de tintos, principalmente de Pinot Noir e cortes estilo bordalês. De clima marítimo e frio (exceto em Central Otago, onde o clima é semi-continental), é um país de latitude ampla, abrangendo a faixa de paralelos 36 à 46ºS.Embora a Nova Zelândia seja mais conhecida pelos seus vinhos frescos e ricos em fruta, produz cada vez mais uma grande variedade de estilos. Sem indicações geográficas específicas, a experimentação com diferentes técnicas de vinificação para criar novos estilos é prática corriqueira. Quando pensamos na forma de selar as garrafas, cerca de 90% são fechadas com tampa rosca (screwcap), marca registrada do país.Sobre suas regiões, podemos dividir a ilha em Norte  e Sul.Norte: Greater Auckland, Gisbornn, Hawke's Bay e Wairarapa.Sul: Marlborough, Nelson, Canterbury e Central Otago.Quando pensamos no Sauvignon Blanc do Norte, como os de Martinborough, temos exemplares menos perfumados, não tão frutados e herbáceos quanto dos do Sul. Já, analisando os Sauvignon Blanc's do Sul, como da famosa região de Marlborough, temos rótulos mais expressivos, principalmente do ponto de vista aromático.O contraste é muito interessante, e aos enoapaixonados que gostam de novas experiências, sugerimos que degustem exemplares de ambas procedências, para entender melhor, na prática.Créditos imagem: Tobias Keller - Unsplash
A Vitivinicultura Australiana

A Vitivinicultura Australiana

Você que nos acompanha deve saber, ofertamos diariamente rótulo de variados países, para que você desfrute do universo do vinho de forma global e tenha as melhores memórias!Quando pensamos em Novo Mundo, um dos países de destaque é a Austrália, sexto maior país do mundo. Nesse sentido, nos parece interessante compartilharmos algumas informações interessantes para você aprofundar seus conhecimentos sobre.As primeiras vinhas chegaram ao país em 1788. Embora a filoxera ter se espalhado pela Austrália, uma quarentena rigorosa permitiu que a maioria das áreas, e notavelmente o Sul da Austrália, permanecessem livres da filoxera (estando presente em áreas como Victoria e Nova Gales do Sul).Diante disso, a Austrália abriga algumas das plantações mais antigas do mundo de diversas variedades ainda crescendo com suas próprias raízes, como Shiraz, Cabernet Sauvignon e Grenache.Sendo o mais antigo dos continentes, ao longo dos milênios desenvolveu uma geologia muito complexa e praticamente todos os tipos de rochas conhecidos podem ser encontrados em seus solos. Entre as principais castas tintas do país se destacam por tamanho de produção: Shiraz, Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir.Já, entre as brancas, encontramos: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Gris, Muscat Gordo Blanco (Moscato de Alexandria), Semillon, Colombard e Riesling.Na década de 1990 foi desenvolvido seu sistema de Indicações Geográficas (IG), dividindo suas regiões vinícolas em uma série de zonas, regiões e sub-regiões. As zonas são divididas em:Zona Sudeste da Austrália;Austrália Sul;Victoria;Nova Gales do Sul;Tasmania;Austrália Ocidental. Entre as regiões mais conhecidas, destacamos: Barossa Valley, com seus Shiraz intensos e corpulentos, Margaret River, com seus famosos Cabernet Sauvignon, muitas vezes cortados com Merlot, gerando vinhos no estilo bordalês; Hunter Valley, famoso seus delicados Semillon de expressão singular, secos, encorpados, com alta acidez e baixo teor de álcool, com um potencial de envelhecimento extenso.Ainda, é importante citar Yarra Valley, McLaren Vale e a Coonawarra, conhecidas pela produção de vinhos de alta qualidade.O país conta com cerca de 2.250 vinícolas, sendo a pequena produção sua maioria. De paisagem variada e deslumbrante, visitá-lo é imprescindível!Créditos da imagem: Joey Csunyo - Unsplash.

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Ganda Lisboa

Tinto 2021

Toda semana um novo rótulo, porque o mundo do vinho é diverso demais para se apreciar sempre a mesma garrafa!

Composto pelo blend entre Syrah, Castelão (também conhecida como Periquita) e Aragonez (também conhecida como Tinta Roriz), com estágio de 3 meses em barricas de carvalho francês, o Ganda Lisboa Tinto 2021 foi elaborado pela Adega de São Mamede da Ventosa.

Ele foi inspirado em um curioso fato histórico de Portugal. Em 1514, o Rei Modofar, do Reino de Cambaia, ofereceu a D. Afonso de Albuquerque um inusitado rinoceronte fêmea de presente, nomeada Ganda.

O curioso animal causou alvoroço em toda a Europa pelo caráter exótico. Por isso, acredita-se que D. Afonso tenha ordenado o calçamento de algumas ruas, para que o animal não se sujasse em um desfile. Foi assim que surgiu o tradicional estilo das calçadas portuguesas.

Histórias a parte, acreditamos que Ganda foi tão bem tratada como este vinho em sua elaboração, que gerou um excelente resultado para um rótulo desta faixa de preço. Se você é fã de um ótimo custo vs benefício, recomendamos fortemente que adicione este em sua Adega!

Na taça revela uma paleta aromática composta por frutas vermelhas e negras maduras, como framboesa, cereja e mirtilo, além de um delicioso floral de violetas, pimenta-preta e toques de cacau.

Macio e encorpado, tem uma boa concentração de fruta na boca, escoltada por taninos sedosos e ótima acidez. O final de boca é muito gostoso, destacando ameixa e framboesa.

É uma barbada ter a oportunidade de adquirir este português por apenas R$ 49,90.

Aproveite e não chegue atrasado, pois o número de garrafas é limitado!

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Grand Bateau

Rouge 2020

Caro enófilo,

Saborear um Bordeaux de qualidade atestada por apenas R$ 139,90 é uma oportunidade que não aparece todo o dia.

Confessamos que este garimpo nos entregou mais do que esperávamos na taça levando em consideração seu preço, por isso recomendamos fortemente - NÃO PERCA ESTA OFERTA! 

Apresentamos o - Grand Bateau Rouge 2020, premiado com 92 pontos da Revista Adega!

O Grand Bateau Rouge é elaborado desde a década de 1980 mediante uma parceria entre os especialistas em comercialização de vinhos do Haut-Médoc, a Maison Barrière, com o Château Beychevelle, Cru Classé de Saint-Julien.

Inclusive, este vinho traz em seu rótulo o mítico barco símbolo deste Château. Diz a lenda que o primeiro proprietário, o Duque de Épernon, era um homem tão respeitado, que os barcos que transpassavam sua propriedade - as margens do estuaire de la Gironde - eram obrigados a baixar as velas em sinal de respeito. No antigo dialeto local, baixar as velas era dito como "bêcha vêla", palavras que inspiraram o nome Beychevelle.

Um diferencial deste Château é que, ao contrário do que normalmente se encontra no Haut-Médoc, o seu primeiro vinho é majoritariamente constituído por Merlot.

Assim, de maneira análoga, este exemplar consiste em um blend 80% Merlot e 20% Cabernet Sauvignon. Toda a etapa de vinificação ocorreu no Beychevelle, inclusive com o aval de Philippe Blanc, enólogo responsável pelos outros três rótulos da vinícola. 70% do vinho amadureceu durante 8 meses em barricas de carvalho novas, enquanto o restante permaneceu em tanques de aço inox.

Sua degustação revelou no olfato um vinho repleto de frutas vermelhas e negras maduras (framboesa, cassis, cereja, groselha), especiarias adocicadas e picantes, como noz-moscada, baunilha, canela e pimenta-do-reino, além da presença de traços mentolados e minerais.

Todo alinhado e de ótimo porte, na boca tem taninos polidos, escoltados por uma acidez gastronômica. A carga de fruta se confirma com boa expressão, e o final é persistente, destacando a deliciosa mineralidade. Um deleite!

Não perca esta excelente oportunidade e garanta já a sua garrafa antes que o pequeno lote termine!
São apenas 78 unidades.

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