Vinho da China?! Sim!

28 de junho - 2024

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.

Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.

Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.

Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.

Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.

Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. 

Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.

Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!

Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Puklavec Instinct Cabernet Sauvignon
21/nov

Puklavec Instinct Cabernet Sauvignon

2019

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Château Le Loup Saint-Émilion

Grand Cru 2021

Bordeaux é uma das principais e melhores regiões vitivinícolas do nosso planeta!
 
Dividida pelo estuário do rio Gironde, que acaba se dividindo nos rios Garonne e Dordogne, a região produz uma grande quantidade de vinhos, que vão desde produtos básicos até grandes nomes da vitivinicultura mundial.
 
É na margem direita do rio Dordogne que a variedade Merlot é referência internacional, acompanhada da, cada vez mais utilizada, Cabernet Franc. A principal sub-região da área é Saint-Émilion – uma linda e pitoresca comuna de pouco menos de 2000 habitantes, sendo a primeira região vinícola classificada como Patrimônio Mundial da Humanidade, em 1999. Segundo a Unesco, “Saint-Émilion é um exemplo excepcional de uma paisagem vinícola que sobreviveu intacta”.
 
Seus vinhos vão dos simples Saint-Émilion aos grandiosos Premier Grand Cru Classé. No meio deste caminho temos os Grand Cru (sem o Classé), que geralmente já são bem superiores, porém, ainda podendo existir uma significativa diferença de qualidade dentro da categoria.
 
Para que você invista em um produto que entregue a qualidade esperada, a curadoria VinumDay está sempre atenta para selecionar os bons exemplares dessa classificação!
 
Château Le Loup leva a assinatura de Patrick Garrigue et Fils, cujos vinhedos possuem entre 40 e 45 anos, cultivados na parte norte da denominação Saint-Émilion, próximo à minúscula comuna de Saint-Christophe-des-Bardes. O nome Le Loup (O Lobo) faz referência a uma antiga lenda medieval sobre um lobo que habitava essa área.
 
É um assemblage composto por 50% de Merlot e 50% de Cabernet Franc,  amadurecido em barricas de carvalho francês (20% novas) por pelo menos 12 meses. 
 
Sua degustação revelou um dos melhores Saint-Émilion Grand Cru que nossa curadoria provou no ano!
 
O olfato é intenso e encantador, com frutas vermelhas e negras em primeiro plano, passando para notas de especiarias doces, como a baunilha e a canela, escoltadas por nuances de eucalipto, sous bois, terra molhada e couro, finalizando com gostosos toques amadeirados e defumados.

Em boca apresenta ótimo equilíbrio e bom corpo, com taninos finos, presentes e maduros bem alinhados a uma acidez correta, ampla, salivante e muito gastronômica. Uma delícia!
 
Além da aprovação unânime dos nossos sommeliers, a safra 2021 desponta entre os enófilos do app Vivino com uma fantástica média 4.3. Além disso, safras anteriores já conquistaram o paladar da crítica internacional, alcançando 95 pontos no Decanter World Wine Awards, 2 consecutivas notas de 92 pontos na Wine Enthusiast e outras diversas melhadas de ouro no Berlin Wine Trophy. Esta tem tudo para repetir o sucesso dos anos anteriores.

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Puklavec Instinct Cabernet Sauvignon

2019

Preparado para uma nova experiência?

Se assim como nós, você estava com saudades de um vinho de procedência diferente, hoje, convidamos você a se surpreender com o Puklavec Instinct Cabernet Sauvignon 2019.

A Puklavec é uma vinícola fundada na Eslovênia, país muito reconhecido pelos vinhos brancos de qualidade. Para também elaborar tintos de padrão superior, a empresa expandiu suas atividades para a pequena Macedônia do Norte, país do sudoeste europeu que faz fronteira com a mais conhecida região da Macedônia, na Grécia.

Foi na região de Povardarie, mais precisamente no distrito de Tikves (reconhecido como a melhor região vinícola do país), que a Puklavec construiu uma vinícola boutique e implementou vinhedos de apenas 3 castas: a autóctone Vranec e as internacionais Merlot e Cabernet Sauvignon.

Tikves compartilha a mesma latitude das famigeradas BordeauxToscana e Napa, estando rodeada por cadeias montanhosas e agraciada com a influência moderadora de pelo menos quatro rios diferentes.

É um lugar onde o clima mediterrâneo vindo do Sul, com seus verões longos e quentes, encontra o clima continental do Norte, de Invernos chuvosos e frios. A combinação de fatores culmina em uvas que retêm a concentração ideal de açúcar e polifenóis.

Para o Instinct Cabernet Sauvignon 2019, as uvas foram colhidas manualmente. Após a vinificação cuidadosa delas, o vinho teve uma maturação de 12 meses num misto de barricas e barris de carvalho francês.

Na taça, mostra frutas vermelhas e negras maduras, como cerejaframboesa e amora, seguidas de notas mentoladas e especiadas, destacando noz-moscada, além de uma menção amadeirada, que remete a cedro.

No palato é intenso, com a fruta suculenta e de boa acidez em primeiro plano, na companhia de especiarias culinárias e taninos firmes e granulosos, mostrando certa austeridade. O final tem um ótimo comprimento, destacando também um leve tostado e amadeirado.

Excelente oportunidade para desfrutar um vinho de qualidade, originado em um país pouco conhecido por nós, brasileiro, desembolsando um valor muito justo.

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