Que o vinho está presente na cultura das civilizações desde tempos imemoriais, já é sabido. A forma com que os povos se relacionam com essa bebida única também difere de muitas maneiras. No judaísmo, ele assume um papel importante – e curioso para os não judeus – porque deve seguir algumas leis. Somente sob essas condições ele poderá ser chamado de Vinho Kosher.
O que são produtos Kosher
Cashrut ou Kashrut são as leis judaicas para os alimentos. Nelas, a comida e bebida recebem o termo Kosher ou Kasher, que significa que estão aptas para serem consumidas pelos judeus. A própria palavra significa “apropriada”, “adequada”, “aceitável” e “legítima”. Para que um produto possa ser considerado Kosher, ele deve seguir os preceitos das leis judaicas e, normalmente, é identificado pelas iniciais OU (Orthodox Union), ou a letra U dentro de um círculo.
Somente os rabinos podem supervisionar, tocar e provar durante a produção de vinhos Kosher.
Exigências para que um vinho seja Kosher
Os vinhos Kosher são feitos das mesmas uvas que os demais, porém as exigências abrangem 3 pontos: 1 - Uvas e vinhedos: A tradição judaica explica que o conceito de orlah significa algo como “não circuncidado, escondido, selado”, ou seja, são frutos de árvores jovens que não podem ser consumidos até os 3 anos de idade. Portanto, essa é a primeira regra na produção dos vinhos kosher: somente as uvas provenientes de vinhedos acima dessa idade podem ser usadas. A cada 7 anos as vinhas devem ser preservadas e não pode haver colheita. A exceção é se a vinha for vendida para um novo proprietário e a contagem recomeça novamente. 2 - Ingredientes a serem utilizados: São aceitos somente produtos Kosher, ou seja, fabricados sob a supervisão de um Mashgiach – nome dado ao judeu responsável pelo cumprimento da Kashrut. Isso vale, entre outros ingredientes do vinho, para taninos industriais, ácidos, bentonita e ovos (usados na clarificação). Mesmo assim, muitos são expressamente proibidos, como o uso das leveduras selecionadas geneticamente. Apenas as nativas entram no processo. 3 - Processos da colheita, vinificação e engarrafamento; A questão fundamental é que a partir do momento que as uvas são entregues para a vinificação, a manipulação de todos os ingredientes e ferramentas só pode ser feita por judeus. Apenas eles podem tocar, experimentar e acima de tudo, comandar os processos. Mesmo depois de pronto para o engarrafamento não é permitido o contato de um não-judeu com o vinho. Após o término do engarrafamento, o vinho é selado e autenticado como um vinho Kosher e qualquer um poderá tocá-lo, porém somente será aberto e servido por um judeu. Para flexibilizar essa restrição, existe o vinho Kosher Mevushal.
Vinho Kosher versus Kosher Mevushal
O judaísmo não aprova nenhum tipo de idolatria, portanto, os pagãos antigos que ofereciam vinhos aos deuses eram vistos como impuros. Para que um judeu não beba nenhum vinho “impuro” a solução são os vinhos Kosher Mevushal – o que significa fervido em hebraico. Eles passam por um processo de pasteurização, onde são rapidamente fervidos e depois resfriados. Assim, segundo as leis judaicas, o vinho pode ser servido pelos não judeus.
Conclusão
Nosso blog, acima de qualquer outra intenção, tem o objetivo de trazer curiosidades e informações sobre o mundo do vinho. Os vinhos Kosher fazem parte de perguntas recorrentes, e claro, geram dúvidas sobre suas qualidades. Podemos afirmar que existem sim, vinhos Kosher de excelente qualidade como os da prestigiada Yarden Winery. Afinal, como já sabemos, a experimentação aliada ao senso crítico são as melhores virtudes de um bom enófilo. Equipe VinumDay • um vinho para cada dia
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Com vocês, o fantástico Panizzon Maximus, em sua nova safra 2023:
O Maximus é o vinho mais emblemático da Panizzon, vinícola gaúcha fundada em 1960 por Ricardo Panizzon, hoje comandada pela 3ª geração da família.
É tradicionalmente elaborado com uvas do vinhedo Durans, localizado a 850 metros de altitude na região dos Campos de Cima da Serra. O assemblage é composto por 35% de Cabernet Franc, 35% de Merlot, 15% de Sangiovese e 15% de Ancellotta.
As castas foram vinificadas separadamente em tanques de aço inoxidável a exatos 18 °C sob a ação de leveduras selecionadas, e com remontagens diárias. Após a malolática, o corte foi realizado e o vinho estagiou por 12 meses em carvalho francês e americano.
O visual é vermelho rubi, brilhante e profundo, e os aromas abrem com nítidas notas de cereja, framboesa, morango e ameixa, escoltados por rosas-vermelhas e múltiplas especiarias, entre elas a canela, o cravo e a noz-moscada. Sem tirar o protagonismo da fruta, incrementam a complexidade nuances de chocolate meio amargo, café em grãos e menta.
Na boca, revela-se muito macio e sedoso, com uma acidez excelente, taninos finos e aveludados, corpo médio e ótima intensidade das notas constatadas anteriormente na avaliação olfativa.
É um tinto que entrega muito mais complexidade do que se imaginaria para um rótulo nessa faixa de preço – certamente entre as maiores barganhas do Brasil.
Hoje, abrimos espaço em nossa vitrine para mais um Grande Talento da Enologia. Um vinho de ninguém mais ninguém menos que Gonzalo Guzmán, uma das personalidades mais inovadoras do Chile.
Após décadas trabalhando e conduzindo a Viña El Principal para a elite, em 2017, Guzmán passou a se dedicar integralmente a um projeto autoral, o qual denominou Vinos G².
Por meio de sua vasta experiência na elaboração de vinhos ultra-premium de Maipo-Andes, em especial Pirque, Guzmán seleciona pequenas parcelas da região, para dar origem a vinhos completamente autorais e de produção muito restrita. A Vinos G² elabora apenas 4 exemplares: 2 são ao clássico estilo Bordeaux de Pirque, enquanto os outros 2, um tanto peculiares, são feitos com Alvarinho e Mencía, cepas que o próprio enólogo introduziu no país.
O Vontade Cabernet Sauvignon foi concebido para mostrar o pedigree dos grandes exemplares sobre os quais o Maipo adquiriu prestígio.
As uvas foram colhidas nas encostas dos Andes, onde a altitude é superior aos 600 metros. O Maipo-Andes se caracteriza pelo solo pedregoso, onde há um conteúdo maior de areia do que argila. Os dias quentes proporcionam o pleno amadurecimento dos frutos, enquanto a noite, os ventos frescos que descem a cordilheira, propiciam uma elevada amplitude térmica. Isso confere elegância e muita complexidade.
A marca de Gonzalo Guzmán são as mínimas intervenções na adega. Dessa forma, a elaboração contemplou fermentação espontânea em tanques de aço inox e estágio em barricas de carvalho francês (40% novas) durante 16 meses.
O resultado impressiona pela sofisticação. Tem excelente profusão aromática de frutas frescas e maduras, estando repleto de cassis, jabuticabas, cerejas e amoras, contornadas por pimenta-do-reino, violetas, baunilha, giz, cravo e um toque muito discreto de funcho.
Na boca é bem clássico: estruturado, suculento, com taninos carnudos, mas textura aveludada. A fruta é predominante, delineada por especiarias, chocolate amargo e giz. É um deleite, e o final impressiona pela persistência.
Joaquín Hildalgo, da Vinous, concedeu 95 pontos para a safra 2022, enquanto Wine Advocate e Tim Atkin avaliaram com excelentes 93 pontos. São notas incríveis!
Em resumo, este vinho está um espetáculo e entrega muito pelo preço. Uma dica é adquirir mais de uma garrafa, pois, certamente, será muito bacana acompanhar como evolui ao longo do tempo.